A pele representa o invólucro de uma pessoa. É nela que as primeiras agressões físicas são minimizadas pelo corpo humano.

Muitas vezes as pessoas esquecem que se faz necessário ajudá-la para que ocorra uma diminuição destes efeitos adversos.

Cabe também a pele, refazer o organismo dos efeitos maléficos e cumulativos do ultravioleta sobre nosso corpo. Este espectro da luz solar gera um gradual envelhecimento cutâneo, assim como pode gerar uma infinidade de doenças benignas e malignas quando exceder ao nível de tolerabilidade da pele.

Evidentemente não são somente más conseqüências que o ultravioleta gera para o nosso organismo.

Além da agradável sensação do calor confortante que nos traz a exposição solar moderada, também os raios solares são importantes para a síntese da vitamina D e daí para o crescimento do ser humano. Mas isto somente até o primeiro ano de vida de uma pessoa. Todavia, devemos recordar que pequenas exposições já satisfazem estas exigências orgânicas.

A pele constitui sem dúvida alguma, a primeira barreira física e imunológica para as agressões que sofre o organismo, quando de exposições solares. Daí a importância de reconhecermos que os efeitos dos raios ultravioletas (U. V.), devam ser bem conhecidos para que possam ser bem gerenciados.

Os mais importantes destes raios, seriam o A (U. V. A.) e o (U. V. B.).

Os raios U. V. A. são tidos como “mais bonzinhos”, e predominam no horário normal até as 10 horas e após as 16 horas. Porém, devemos ressaltar que os raios U. V. A. são grandes indutores do envelhecimento cutâneo também.

Os tidos como piores para o nosso organismo seriam os U. V. B. que predominam das 10:00 às 16:00hs. Estes além de serem precursores de degeneração dermatológicas (lesões pré-câncer e câncer de pele), também são indutores ou agravantes de uma gama muito grande de doenças dermatológicas. Induz produção de manchas na pele (de grávidas ou de mulheres usando hormônios tipo anticoncepcionais por exemplo) de doenças auto-imunes graves como o lupus eritematoso, de alergia causada por remédios fotossensibilizantes como alguns antibióticos (como a Tetracilina, Penicilina, Ampicilina, Griseofulvina, etc), alguns anti-inflamatórios (como o piroxicam, etc…) e outras dezenas de erupções onde o ultravioleta tem missão importante na gênese das lesões.

Visto isto, resto-nos a sábia missão de nos protegermos mais em relação ao ultravioleta.

Além dos filtros solares que tem missão muito importante na minimização destes efeitos, devemos chamar a atenção para que as pessoas saibam conduzir uma orientação adequada para sua pele durante o verão.

Não devemos esquecer que moramos num país tropical, onde os nossos hábitos sociais, quase sempre voltam-se a atividades onde a insolação faz-se presente.

Orientações como usar bonés, chapéus, viseiras de tecido de algodão e de cor clara preferencialmente, pois um guarda-sol de nylon, por exemplo, deixa transpor quase 45% do ultravioleta incidente.

Evitar manter-se frontalmente a espelhos d´água, areia ou pedras brilhantes que possam refletir mais ultravioleta para sua pele.

Finalmente não devemos nos esquecer que é de importância fundamental orientarmos que o fator de proteção solar (FPS) deverá ser tanto maior quanto o mais sensível for a pele da pessoa. Se a pessoa tiver uma pele clara porém oleosa, devemos cuidar para que estes tipos físicos se utilizem de filtros a base de gel ou loção, nunca formas untuosas de apresentações em óleo ou cremes oleosos.

Quanto ao banho, faz-se necessário utilizar-se de banhos curtos, não muito quentes e com sabonetes pouco agressivos para que se mantenha uma camada fina lipoprotéica de nossa pele que tem como uma de suas finalidades precípuas, a de nos proteger quanto ao sol.

Se necessário lançarmos mão de cremes “After-Sun”, para utilizarmos com a pele ainda úmida do banho pós sol.

Com todos estes cuidados e mais uma dose de bom senso, com certeza as pessoas passarão a sofrer menos das intempéries promovidas pelo “astro-rei”.

Artigo: Dr. Jayme de Oliveira Filho